A reportagem veiculada no Jornal da Globo abordou o mais recente estudo do IBPT, que realiza um cálculo visando encontrar o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (IRBES). Essa equação incorpora a carga tributária, o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). De maneira prática, o estudo avalia se os recursos arrecadados são empregados de forma eficaz para aprimorar a qualidade de vida das pessoas. Entre os 30 países analisados, o Brasil ocupou a última posição.
O presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, ressalta que, ao considerar a aplicação desses recursos em investimentos voltados para melhorar a qualidade de vida da população como um todo, observa-se uma notável escassez nesse sentido. Ele destaca cortes em setores cruciais como educação, saúde e outros aspectos essenciais para a melhoria da qualidade de vida da população. Esses dados impactantes refletem a complexidade enfrentada por cidadãos e empresas em suas rotinas diárias.
Países com melhores índices
A Irlanda, pelo quinto ano consecutivo, apresentou o melhor índice de retorno ao bem-estar da sociedade. Na sequência, vêm Suíça, Austrália, Estados Unidos e Coreia do Sul.
“Nós estamos na 12ª edição e entre os países de maior carga tributária, na qual o Brasil se inclui desde a primeira edição até agora, o Brasil é o último colocado. Ou seja, é o país que tem uma carga alta e um retorno muito ruim”, afirma.
Estados brasileiros
Neste ano, pela primeira vez, o IBPT traz também uma análise detalhada sobre o desempenho dos estados brasileiros. E a balança entre as regiões do país mais uma vez é bem desequilibrada.
As cinco melhores unidades federativas são Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Lá embaixo, estão Bahia, Maranhão, Alagoas, Rondônia e Amazonas.
“Dá para enxergar, com números, ninguém pode confrontar, que os estados bem melhores no retorno o desenvolvimento são os estados da região sul e sudeste. Por quê? Principalmente pela grande concentração da industrialização, comércio e prestação de serviço nesses estados”, ressalta João Eloi.